domingo, 4 de setembro de 2011

Brigadiano petista e gay é o líder das fogueiras em estrada contra o governo Tarso Genro

Ao longo da reportagem de duas páginas publicada pelo jornal Zero Hora na edição deste domingo ("Fogo amigo contra o governo"), o repórter Carlos Etchichurry conseguiu localizar um dos líderes dos vândalos do PT que incendeiam pneus em rodovias federais, estaduais e municipais do Rio Grande do Sul, contra o governo petista de Tarso Genro. Trata-se de fogo amigo, literalmente. O chefe dos protestos dos brigadianos (membros da polícia militar gaúcha - a Brigada Militar) é o sargento petista João Carlos dos Santos, apesar dele não se dizer líder dos sediciosos. Ele disse que os protestos são feitos por soldados, cabos, sargentos, tenentes e capitães da Brigada Militar. Quando o repórter Etchicurry quis saber a que corrente do PT pertence o sargento João Carlos dos Santos, ele concedeu esta surpreendente e franca entrevista:
- O senhor continua filiado ao PT? Qual o grupo político do senhor dentro do PT?
- Sim. Sou olivista. Sou um gay assumido casado com uma lésbica e o ex-governador Olívio Dutra foi meu padrinho de casamento. Como o pessoal do PDT, que é brizolista, eu sou olivista.
- O senhor falou com o ex-governador Olívio dutra sobre os protestos?
- Não. Faz tempo que não converso com ele.
O jornal Zero Hora também diz que pelo menos dois oficiais que trabalharam na Casa Militar no atual governo do PT e no governo Olívio Dutra, portanto ligados ao partido, foram flagrados por câmeras da EPTC espalhadas em Porto Alegre e pela prefeitura em Alvorada. O brigadiano de Alvorada é João Carlos dos Santos, filiado ao PT. Ele admitiu que queimou pneus e contou em detlahes suas ações. Na sexta-feira, o ambiente político dentro do governo, mas sobretudo no Palácio Piratini e no PT, eram de crise e de enorme perplexidade, mas há mais tempo as principais lideranças dos brigadianos em campanha salarial tinham percebido que agentes provocadores ligados ao PT e ao governo tentavam levar o movimento a ações armadas, visando desmoralizá-los e dar armas ao governo para jogá-los contra a opinião pública, já que Tarso Genro não tem como cumprir suas promessas de campanha. O governo suspendeu as conversações com os líderes brigadianos, alegando que não apresentará proposta enquanto não cessarem os ataques. O que temem os líderes brigadianos é a repetição de incidentes do tipo do încêncio do relógio dos 500 anos (RBS) no Parque Marinha do Brasil, o que na época prejudicou a imagem da Brigada. De nada adiantou o governo do Estado romper as negociações salariais com PMs e exigir o fim dos protestos para voltar a discutir reajustes. O impasse continua. E cada vez pior, as manifestações já somam 32 em um mês. O governador Tarso Genro, no seu estilo característico, não escondeu sua irritação. Peremptóriamente, ele disse: "Eu até estranho que uma parte da imprensa esteja chamando isso de protesto. É ato de vandalismo. Protesto é quando as pessoas se mobilizam, vão na frente do Palácio, xingam o governador". No petismo é assim, quando eles comandam protesto, vale barbarizar em frente à casa da governadora Yeda Crusius; quando estão no governo, querem dizer como é que se pode protestar. Falta dizer aos seus próprios essa cartilha.

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