quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Alimentos voltam a subir e puxam alta da inflação

Após dois meses em deflação, os alimentos voltaram a subir em agosto (0,72%) na esteira da alta das commodities no mercado internacional, de problemas climáticos e de maiores custos de produção, segundo o IBGE. Em junho e julho, os alimentos tiveram taxas negativas (-0,26% e -0,34%, respectivamente) e foram responsáveis pela desaceleração do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O índice registrou quedas de 0,15% e 0,16% naqueles meses, respectivamente. Em agosto, a taxa acelerou para 0,37%. "Agora, o grupo alimentação voltou a pressionar e puxou o IPCA novamente para cima, acompanhando a evolução dos preços alimentícios", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. A economista ressalta que, em agosto, os principais produtos alimentícios e com pesos significativos no IPCA subiram. Entre eles, estão carnes, alta de 1,84% em agosto, o açúcar (3,90%), arroz (1,82%), frango (2,74%) e feijão (0,58%). "O prato típico do brasileiro subiu em agosto", disse. Segundo Nunes do Santos, as carnes aumentaram por conta da entressafra e dos custos mais altos das rações em razão da alta de soja e milho no mercado internacional. O aumento, diz, puxou também o preço do frango principal substituto da carne.

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