quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Wagner Rossi diz que acesso de lobista foi "descuido" de equipe

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta quarta-feira que a equipe da pasta que controla o acesso de pessoas pela entrada privativa do ministério é "muito acolhedora" e que o acesso privilegiado do lobista Júlio Fróes ao ministério pode ter sido um "descuido". "Nunca me preocupei com isso (com a triagem no acesso). Tenho uma equipe maravilhosa de pessoas que trabalham lá. Não são pessoas voltadas para a atitude de evitar a entrada de pessoas. Eles são muito acolhedores, talvez tenha tido esse descuido. Mas eu não posso assumir a responsabilidade de controlar a portaria", disse Rossi durante audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado. Segundo reportagem da revista "Veja", Fróes tinha uma sala dentro do ministério e redigia pareceres e editais de licitação, sempre com o aval do então braço direito de Wagner Rossi, o secretário-executivo Milton Ortolan, que alega inocência, mas acabou pedindo demissão após a publicação da revista. Em seu depoimento, Rossi voltou a negar que conheça Fróes e que o lobista tivesse uma sala em seu ministério. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sentou na primeira fileira para acompanhar o depoimento. Ele é irmão de Oscar Jucá Neto, demitido por Rossi do cargo de diretor financeiro da Conab após a autorização de um pagamento irregular de R$ 8 milhões para um armazém registrado em nome de laranjas. Na semana passada, em depoimento na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Rossi e parlamentares da oposição e da base elegeram Jucá Neto como alvo. Rossi chegou a classificar de "absurda" as ações do irmão de Romero Jucá, indicado pelo próprio senador ao cargo.

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