quinta-feira, 18 de agosto de 2011

União cobra consórcio do Enem na Justiça após vazamento de prova

A Advocacia-Geral da União entrou com uma ação no Judiciário, neste mês, pedindo ressarcimento do prejuízo que o MEC teve na aplicação do Enem 2009. Quando a prova vazou, R$ 38 milhões já haviam sido pagos ao consórcio responsável pela aplicação do exame, o Connasel. Hoje o valor atualizado do prejuízo é de cerca de R$ 46 milhões. O MEC diz que esgotou todas as possibilidades de cobranças administrativas ao consórcio. Às vésperas do Enem 2009, a prova foi roubada. A fraude foi revelada pelo jornal "O Estado de S.Paulo". Na terça-feira, a Procuradoria divulgou que quatro dos cinco acusados de participar do crime foram condenados. Felipe Pradella, apontado pela Polícia Federal como mentor da fraude, foi condenado a cinco anos e três meses de prisão por violação de sigilo funcional e corrupção passiva. Filipe Ribeiro e Marcelo Sena, também ex-funcionários do consórcio, foram condenados a quatro anos e seis meses pelos mesmos crimes. Segundo a denúncia, Pradella, Ribeiro e Sena furtaram a prova da gráfica Plural, que imprimia os exames, e Gregory Camillo e Lucas Rodrigues ajudaram a intermediar o contato com a imprensa para vender a prova. Camillo foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão. Rodrigues foi absolvido. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, do ponto de vista administrativo, o processo está concluído. Falta agora o ressarcimento. "Queremos que os prejuízos sejam ressarcidos à União", disse ele.

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