quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sindicalistas condicionam apoio a cargos e poder no PSDB

Sindicalistas atraídos para o novo braço sindical do PSDB mal chegaram ao partido e já reivindicam espaço e cobram engajamento na pauta trabalhista. A aproximação com os sindicatos foi idealizada por tucanos como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (MG) dentro da estratégia de "refundação" do PSDB. O núcleo paulista já foi criado e tem cerca de 200 sindicalistas. Em Minas Gerais, o lançamento será no dia 20 com a filiação de até 150 pessoas. A maior parte vem da Força Sindical, mas também há dirigentes da Nova Central Sindical e da UGT (União Geral dos Trabalhadores). O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, disse que também haverá um braço nacional e extensão para outros Estados. Vice-presidente da Força, Melquíades de Araújo, disse que será preciso estar aberto às questões levadas pelos sindicalistas. Ele reclamou que o PSDB, "na sua maioria, nunca quis ouvir": "Não podemos ser núcleo sindical para eleição". Ele disse que o PSDB paulista já teve a experiência de ter um grupo sindical na época de Mário Covas, que o levou para a sigla, mas que "com o tempo o próprio partido foi marginalizando a participação do movimento sindical". Os sindicalistas cobram "democracia interna" e abertura para se candidatarem a vereador e deputado. À frente do núcleo sindical em São Paulo, o sindicalista Antônio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil no Estado, afirmou que o grupo só terá voz se conseguir "alguém com mandato". "Não quero ser apenas soldado nessa história toda", disse. O PSDB agora quer repetir o PT. Não aprendeu nada com a história, de que não há nada mais corrupto do que sindicalismo e sindicalistas.

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