quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PSOL pede que comissão investigue ministro por uso de jato

O PSOL entrou na terça-feira com uma representação no Comissão de Ética Pública da Presidência contra o ministro Wagner Rossi (Agricultura) por ter usado um jatinho de uma empresa de agronegócios. Para o partido, as viagens do ministro vão contra ao Código de Ética da Administração Federal. O artigo 7º da norma diz que "a autoridade pública não poderá receber salário outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade". Na terça-feira, o presidente da Comissão de Ética Pública, Sepúlveda Pertence, disse que deve decidir no início de setembro se irá investigar administrativamente as acusações contra servidores dos ministérios da Agricultura e do Turismo. Segundo reportagem publicada ontem pelo "Correio Braziliense", Rossi e um de seus filhos, o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB-SP), viajaram várias vezes em uma aeronave avaliada em US$ 7 milhões pertencente à Ourofino Agronegócios. A Ourofino é de Ribeirão Preto (SP), cidade onde moram o ministro e sua família. Ela obteve aprovação, liberação e licença para comercialização de vacina contra febre aftosa em 2010. Um dos sócios do Grupo Ourofino é Ricardo Saud, diretor da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura. A proximidade entre a família de Rossi e a empresa do agronegócio se repete em outros campos. Vídeos institucionais da Ourofino são realizados pela empresa A Ilha Produções, que atualmente está em nome de Paulo Luciano Tenuto Rossi, filho do ministro, e Vanessa da Cunha Rossi, mulher de Baleia. O deputado estadual, por sua vez, foi contemplado com doação de campanha no valor de R$ 100 mil, transferidos pela Ourofino.

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