quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Presidente da Itália diz que fez de tudo para a extradição do terrorista Battisti

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmou que "sempre promoveu e apoiou qualquer iniciativa" para que o Brasil extraditasse o terrorista italiano Cesare Battisti. Em uma carta publicada pelo jornal "La Stampa", o chefe de Estado conta que "deplorou" a decisão do Supremo Tribunal Federal de validar a permanência do terrorista Battisti no País. "O êxito negativo do procedimento tem um significado profundamente lesivo ao respeito dos acordos firmados, à luta contra o terrorismo e à defesa da ordem constitucional, que a Itália mantém em plena conformidade com as leis de um Estado de Direito", afirmou Napolitano. A carta do presidente foi escrita após o lançamento de um livro sobre o caso Battisti escrito pelo ex-juiz Giuliano Turone, de Milão. Napolitano contou "ainda estar convicto" de que, "como já dito em janeiro de 2011", a sociedade italiana em suas "instituições, política, cultura e expressões civis" não conseguiu expressar o que a luta contra o terrorismo representa realmente para o país. O presidente concluiu a carta referindo-se ao autor do livro e contando "estar satisfeito" de que Turone tenha tentado demonstrar esse sentimento em sua obra. O terrorista Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo de extrema-esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).

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