segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Oposição inclui Negromonte na lista de ministros a serem convocados

A oposição tentará convocar cinco ministros no Senado para prestarem depoimentos sobre as diversas denúncias de corrupção no governo federal. Além dos ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, de Minas e Energia, Edison Lobão, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e da Agricultura, Wagner Rossi, DEM e PSDB também vão pedir para ouvir o ministro das Cidades, Mário Negromonte. Os pedidos de convocação estão sendo encaminhados para três comissões do Senado: Agricultura, Fiscalização Financeira e Controle, além da Comissão de Infraestrutura. Para que os ministros sejam convocados, os requerimentos precisam ser aprovados pela maioria dos integrantes das comissões. Os oposicionistas querem que Negromonte explique a denúncia de que a pasta libera recursos para obras classificadas como irregulares pelo Tribunal de Contas da União, e que age a favor de empresas que, juntas, doaram cerca de R$ 15 milhões em 2010 para campanhas eleitorais do PP, partido que comanda o ministério. Em relação ao Ministério dos Transportes, a oposição quer que Passos explique o afastamento de 22 integrantes da pasta ou de órgãos afins depois das acusações de superfaturamento e pagamento de propina envolvendo o ministério, a Valec (estatal de ferrovias) e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), incluindo o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM). "O ministro Passos participou de todo o processo no governo. O Pagot sempre disse que se tratava de um colegiado no ministério", afirmou o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). O tucano já reuniu 23 das 27 assinaturas necessárias para instalar a CPI da Corrupção no Senado. O objetivo do PSDB é buscar dissidentes na base governista para conseguir instalar a comissão, que tem como meta apurar todas as denúncias de corrupção no governo, especialmente no Ministério dos Transportes. Além do ministros, a oposição também quer convocar o diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima, e o presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Celso Lacerda. Matéria publicada pela revista "Época" revelou a existência de um esquema de cobrança de propinas dentro da ANP. Segundo a revista, a advogada Vanusa Sampaio, que representa companhias do ramo, foi procurada por dois assessores do órgão em 2008. Em relação ao Incra e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, há a denúncia de negociações de membros o governo para a aquisição de com lotes para fins de reformas agrária envolvendo ocupantes de cargos de confiança do Executivo. Já no Ministério da Agricultura, a oposição quer esclarecer o suposto esquema denunciado pelo irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Oscar Jucá Neto, em entrevista à revista "Veja". Segundo Jucá Neto, existe um consórcio entre o PMDB e o PTB para controlar a estrutura do Ministério da Agricultura com o objetivo de arrecadar dinheiro. A revista revela que suas informações incluem dois casos de negócios envolvendo a Conab.

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