segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Obama anuncia um acordo bipartidário que evita o calote da dívida americana

Na antevéspera do prazo fatal para evitar um calote, o presidente Barack Obama anunciou na noite deste domingo a realização de um acordo bipartidário para enxugar US$ 1 trilhão do Orçamento dos Estados Unidos nos próximos dez anos e elevar o teto do endividamento público do país. O pacote, que precisa ser votado até esta terça-feira pelo Congresso, fica aquém de expectativas iniciais de redução de US$ 3 trihões, valor que ainda poderá ser atingido em uma segunda fase de cortes. Mas, põe fim a quase um mês de impasse que enervou população e mercados. "Ainda faltam votos importantes, mas os líderes republicano e democrata, na Câmara e no Senado, chegaram a um acordo para evitar um calote", anunciou Obama às 20h40 de domingo. O presidente deu poucos detalhes do pacote e não dirimiu diversas dúvidas. Ele garantiu a elevação do teto da dívida, hoje em US$ 14,3 trilhões, sem dizer em quanto. Em versões anteriores do plano, esse aumento era de US$ 2,4 trilhões, mais que o PIB do Brasil, o que asseguraria autorização para o governo tomar dinheiro emprestado até o final de 2012. Obama também anunciou a criação de uma comissão bipartidária que vai propor novos cortes de gastos até novembro. Nessa etapa futura, afirmou o presidente, "todas as alternativas estarão na mesa", inclusive a reforma de programas sociais do governo, como exige a oposição, e o fim dos cortes de impostos para as classes mais altas iniciados por George W. Bush, como insiste Obama. Parecendo cansado, Obama agradeceu aos líderes dos partidos e ao eleitorado, que respondeu durante a semana a seu chamado para pressionar o Congresso: "Foram a voz, os e-mails, os tuítes de vocês que permitiram isso". Legisladores de ambos os lados ainda trabalham em detalhes do novo pacote, e não estava claro quais os programas serão afetados. Uma preocupação dos republicanos é limitar os cortes na Defesa. O Pentágono consome US$ 1,00 em cada US$ 5,00 gastos pelo país, e responde por mais de 40% dos gastos militares mundiais.

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