terça-feira, 23 de agosto de 2011

Juíza executada no Rio de Janeiro tinha 91 policiais militares como réus

A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou nesta terça-feira que 91 policiais militares eram réus em ações que seriam julgadas pela juíza Patricia Acioli, titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Ela foi assassinada na noite do dia 12, com 21 tiros, na porta de casa. As cápsulas das balas comprovaram que houve a participação de policiais militares na execução, porque a munição pertencia à Polícia Militar. O comandante da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte, recebeu a lista do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e encaminhou os nomes para a Corregedoria da PM, que analisará caso a caso. Entre os casos que seriam julgados pela magistrada, 50 réus respondem por supostos "autos de resistência" (morte de criminosos em confronto com a polícia, ou seja, execução). Uma das providências acordadas na semana passada entre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a Secretaria de Segurança Pública do Estado foi a transferência de todos os PMs que respondem a processos judiciais na comarca da juíza assassinada. Também nesta terça-feira, o Ministério Público informou que o promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, que atuava junto com a juíza Patrícia Acioli, será transferido do Tribunal do Júri de São Gonçalo. Segundo o MP, ele passará a trabalhar no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), a partir do dia 29. A juíza Patricia Lourival Acioli foi executada com 21 tiros no final da noite do dia 12 de agosto, e até agora as polícias do Rio de Janeiro não apontaram os assassinos. É o que dá os mesmos investigando os próprios. E também porque a juíza não pertencia à aristocracia jurídica do Rio de Janeiro.

Nenhum comentário: