sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Irmãos de vítima da ditadura fazem missa por memória e justiça


Os oito irmãos de Raul Amaro Nin Ferreira, engenheiro torturado e morto aos 27 anos pela ditadura militar, promoveram nesta sexta-feira uma missa seguida de ato público para marcar os 40 anos da morte de Raul, em 12 de agosto de 1971, no Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro. A missa foi acompanhada por cerca de cem pessoas na capela da PUC-Rio, onde Raul estudou. Durante a celebração, o padre Pedro Ferreira disse que Raul foi morto de maneira brutal em um tempo em que "o Brasil foi muito pouco brasileiro". No ato que se seguiu à missa, os irmãos de Raul disseram que irão sugerir a vereadores cariocas que renomeiem a praça em frente ao antigo Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna), onde Raul foi preso e torturado, de praça Tortura Nunca Mais. "A veemência do grito que damos hoje se justifica porque a ditadura ainda está presente em instituições da nossa sociedade, que sonegam a verdade. A idéia que nós perseguimos é que a ditadura seja alguma coisa apenas da história e que a gente viva um ambiente democrático de fato", afirmou Rodrigo, um dos irmãos de Raul.

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