segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Governo aumenta superávit primário em R$ 10 bilhões

O ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou nesta segunda-feira a elevação da meta do superávit primário do governo central em R$ 10 bilhões. O governo central é composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. Segundo o ministro, a intenção é evitar um aumento nas despesas correntes, dando mais espaço para o Banco Central usar os juros como arma contra uma deterioração da crise econômica mundial, que pode afetar a economia brasileira. Conforme Mantega, o aumento do superávit primário "não se dará às custas de cortes adicionais" no Orçamento. Em fevereiro dste ano, o governo já havia anunciado corte de R$ 50 bilhões nos gastos. "Não somos imunes às consequências desse cenário recessivo. O Brasil tem de se antecipar para impedir que essa deterioração da economia internacional acabe afetando os avanços que tivemos na economia brasileira", afirmou. Será enviado ao Congresso Nacional um projeto prevendo o aumento da meta nominal para a economia que o governo faz antes do pagamento dos juros da dívida, que passará a ser de R$ 91 bilhões, o que significa uma elevação de 0,25% a 0,30% do PIB. Mantega disse ainda que a medida procura evitar um desaquecimento da economia brasileira, como aconteceu durante a crise de 2008. "Não queremos ter aquele mergulho que tivemos em 2008 durante três meses (de setembro a dezembro). Se houver alguma deterioração, o Banco Central terá mais grau de liberdade para tomar medidas para enfrentar uma eventual desaceleração", completou. Ele garantiu que "nenhum novo corte" foi definido. "Estamos falando em não aumentar gastos e em não cortar gastos já existentes e previstos para este ano, inclusive eventuais modificações nas folhas de pagamento de 2011".

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