domingo, 28 de agosto de 2011

Correspondentes de bancos já respondem por metade do crédito do País

Sob o bombardeio de um projeto de lei do ex-ministro Ricardo Berzoini, apoiado pelos bancários, os 151 mil correspondentes dos bancos espalhados pelo País (papelarias, supermercados, açougues, vendas, lotéricas, cartórios, Correios, concessionárias de veículos) nunca tiveram papel tão importante e, sozinhos, já respondem por mais da metade do crédito concedido às pessoas físicas no País. É o que mostra estudo inédito preparado pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC). São cerca de R$ 394 bilhões injetados na economia sem passar por agências bancárias. Apesar da falta de dados para comparar a evolução da participação do correspondente na concessão de crédito, o presidente da ABBC, Renato Oliva, atribui a alta no volume de financiamentos para pessoa física nos últimos cinco anos, de 7% para 16% do Produto Interno Bruto, em grande parte, ao aumento expressivo do número desses agentes, de 64,37% no período. Segundo o Banco Central (BC), 94% da rede de correspondentes são operados por Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal. A capilaridade é imensa: há mais de dez por 10 mil habitantes no Brasil (chega a 15 no Sul), contra 1,36 dos bancos formais (agências e postos de atendimento).

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