segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Câmara dos Estados Unidos aprova plano para aumento do teto da dívida

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, liderada pela maioria republicana, aprovou o plano para elevar o teto da dívida e evitar a moratória americana, cujo prazo limite é esta terça-feira. O plano foi aprovado por 269 deputados, mas 161 votaram contra. Para que o plano fosse aprovado, era necessário que 216 deputados votassem a favor. Houve apenas quatro abstenções e até a deputada democrata Gabrielle Giffords (que levou um tiro na cabeça em Tucson, no começo do ano) compareceu à votação. Entre os democratas, 95 votaram contra e 95 a favor. Entre os republicanos, 173 votaram a favor e 66 foram contra. Depois desta terça-feira, o Tesouro informou que não terá mais dinheiro para pagar despesas correntes e os juros da dívida, o que poderia levar ao primeiro calote dos Estados Unidos. A suspensão do pagamento da dívida americana provocaria o aumento das taxas de juros do país. Os Estados Unidos atingiram seu limite de endividamento em maio, mas o governo usou manobras para garantir o pagamento das contas até esta terça-feira. Na noite de domingo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que os líderes do Congresso e da Casa Branca haviam chegado a um acordo para aumentar o teto da dívida e evitar portanto que o país entrasse em moratória a partir desta terça-feira. O pacote aprovado autoriza o governo a elevar o teto da dívida em um valor mínimo de US$ 2,1 trilhões. Isto garante que o limite não deverá aumentar de novo até 2013, para evitar novas lutas bipartidárias no lance final da campanha pelas eleições de 2012 e não prejudicar a recuperação econômica. O acordo impõe imediatamente um corte do déficit no valor de US$ 1 trilhão. Um novo comitê bipartidário no Congresso se encarregará de apresentar, até o final de novembro, um plano complementar que reduza o déficit em US$ 1,5 trilhão adicionais durante os próximos dez anos. O Congresso deverá votá-los antes do dia 23 de dezembro de 2011. O acordo inclui um mecanismo para assegurar que antes de 2013 se consiga pelo menos uma redução do déficit de US$ 1,2 trilhão. Este corte tem como base a economia de mais de US$ 900 bilhões ao longo de uma década em despesas domésticas não imprescindíveis, dividida entre programas civis e de Defesa, e que não afetará a Seguridade Social. O plano reduzirá a despesa doméstica anual ao nível mais baixo desde a Presidência de Dwight Eisenhower (1953-1961). A proposta inclui um corte de US$ 350 bilhões ao orçamento base de Defesa, que representa o primeiro golpe aos cofres do Pentágono desde os anos 90 e que será implementado de acordo com uma revisão das missões dos Estados Unidos. Além disso, incentiva as negociações no comitê bipartidário para encontrar novos meios para reduzir a despesa e atualizar o plano.

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