sábado, 20 de agosto de 2011

BNDES prevê que segmento primário concentrará investimentos

Estimativas feitas pela área de pesquisa do BNDES indicam que, deste ano até 2014, aumentará a concentração dos investimentos no setor primário e, dentro da indústria, na área de petróleo e gás. Segundo as projeções, as manufaturas perderão espaço em relação ao período de 2006 a 2009, ficando com 13,7% dos investimentos. A participação da produção petrolífera passará de 9,9% para 11,1%, e a de agricultura, comércio e serviços, de 36,2% para 41,7%. Dos R$ 611 bilhões de investimentos esperados em sete setores-chave da indústria, o de petróleo e gás deve ficar com quase 62% e a mineração com 10%. Siderurgia, química, veículos, eletroeletrônica e papel e celulose dividirão o restante. "O Brasil vai primarizar cada vez mais, e isso não é necessariamente ruim. A tecnologia para a produção de petróleo é altíssima, para a produção de papel idem", disse o economista Ernani Torres, professor da UFRJ e ex-superintendente de Pesquisa do BNDES. Torres defendeu que não há uma relação necessária entre esse boom e a desindustrialização. Mas disse que é preciso conter a valorização do câmbio e seu impacto sobre as importações, que crescem enquanto a produção industrial está estagnada. Para isso, os juros têm que cair.

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