segunda-feira, 25 de julho de 2011

PT vê chance de vencer em cinturão de classe C em 2012

Em 2012, o PT concentrará esforços para tentar crescer no eleitorado do chamado "cinturão intermediário" da capital São Paulo, onde está a classe média ascendente. O cinturão é formado por bairros que não são nem centrais (onde a prevalência é tucana) nem da periferia extrema (já "fidelizada" ao PT). O que anima o partido a investir nessas regiões são mapas comparativos das últimas eleições. Sem vencer na capital desde o segundo turno de 2002, quando Lula bateu José Serra no segundo turno, o partido experimentou recuperação com Dilma Rousseff, que teve 46% na cidade. O crescimento se deu justamente graças ao ganho de musculatura em bairros como Ermelino Matarazzo, Vila Prudente e Vila Maria. Em alguns deles, o PT conseguiu inverter a "cor" do mapa: do azul do PSDB para o vermelho. Em outros, os tucanos seguem na frente, mas a distância diminuiu. O eleitorado nesses bairros é, predominantemente, de classe média baixa e conservador, e "rompeu" com o partido após a gestão Marta Suplicy, segundo a avaliação da cúpula petista. Já foi malufista, votou em Gilberto Kassab em 2008, mas, segundo avaliação do PT, ainda não se definiu como tucano. O partido traduz da seguinte forma o sentimento antipetista que predominou nos bairros de transição após a gestão Marta: "Nós pagamos os impostos, e o PT gasta na periferia". O maior exemplo usado nos diagnósticos internos é o dos CEUs (Centros Educacionais Unificados). Construídos prioritariamente na periferia, eles deixaram de atender esses bairros. "O morador da Vila Prudente tem de pagar uma escola particular para os seus filhos e ela é pior que o CEU, que é público", explica um cacique petista.

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