segunda-feira, 11 de julho de 2011

Promotoria denuncia grupo suspeito de usar escuta ilegal no Rio de Janeiro

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro informou em nota, na tarde desta segunda-feira, que a 6ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos denunciou quatro integrantes de uma quadrilha especializada em "grampos ilegais". Segundo a denúncia, o grupo era chefiado pelo inspetor de polícia civil da 3ª DP (Ipanema) José Maurício Bellini de Andrade, de 39 anos, em sociedade com Geci Frias, Renato Cavalcanti da Silva e Marcelo Frias da Silva. Todos foram presos na manhã desta segunda-feira. O autor da denúncia, promotor de Justiça Alexandre Themístocles, requereu ainda a quebra de sigilo bancário dos denunciados. Também serão investigados os clientes que contratavam os serviços. As investigações começaram no dia 14 de maio do ano passado, quando Renato Cavalcanti foi flagrado por policiais civis no momento em que instalava um gravador em um poste da rede pública, em uma rua no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da capital. Na ocasião, Cavalcanti usava uma camiseta com logotipo de uma empresa de telefonia. De acordo com a denúncia, Geci Frias ocupava o cargo de coordenadora do escritório e era também a responsável por angariar clientes interessados nos conteúdos das escutas clandestinas; Renato Cavalcanti desenvolvia as "atividades de campo" da organização, instalava gravadores automáticos nas redes de telefonia fixa, monitorava as conversas interceptadas e substituía periodicamente os gravadores. Já Marcelo Frias era o responsável pela administração financeira e também auxiliava Cavalcanti na instalação dos dispositivos de escuta e transcrevia os diálogos para serem entregues aos clientes. Desde 2005 os denunciados mantinham, em Copacabana, escritório de serviços de interceptações telefônicas. Eram oferecidos trabalhos que resultavam em extorsão e outras formas de obtenção de vantagens financeiras (espionagem industrial), além da produção de provas ilícitas em casos de infidelidade conjugal.

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