sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ministro do STF viaja para a Itália a convite de advogado

O ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, faltou a um julgamento na corte para participar do casamento do advogado criminalista Roberto Podval na ilha de Capri, no sul da Itália. Os noivos ofereceram aos cerca de 200 convidados dois dias de hospedagem no Capri Palace Hotel, um hotel cinco estrelas cujas diárias variam de R$ 1,4 mil a R$ 13,3 mil. Toffoli não esclareceu se a viagem, os deslocamentos internos e a hospedagem foram cortesias de Podval. No Supremo, Toffoli é relator de dois processos nos quais Podval atua como defensor dos réus. Ele atuou em pelo menos outros dois casos de clientes de Podval. A legislação prevê que o juiz deve se declarar impedido por suspeição se for "amigo íntimo" de uma das partes do processo. Se não o fizer, a outra parte pode pedir que ele seja declarado impedido. Um dos criminalistas mais requisitados de São Paulo, Podval é defensor de Sérgio Gomes da Silva (o "Sombra"), acusado de matar o prefeito petista Celso Daniel; do petista Marcelo Sereno; do casal Nardoni, condenado por matar a filha; e de Denise Abreu, a ex-diretora charuteira da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O casamento ocorreu no dia 21 de junho e a festa terminou por volta das 5 horas do dia seguinte. No dia 22, em Brasília, oito ministros do Supremo tornaram o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço prestado. Toffoli não estava presente. Outro convidado para a festa de casamento de Roberto Podval foi o desembargador Marco Nahum, do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele disse que pagou sua estadia na Itália e o passagem, com exceção das duas diárias bancadas por Podval. Indagado sobre quem mais compareceu à festa, Nahum disse: "Não sou cagueta". Também foram ao casamento Denise Abreu; o advogado Antônio Carlos de Oliveira Castro, o Kakay; e diversos criminalistas. Não é mesmo uma maravilha viver no mundo petista?

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