segunda-feira, 11 de julho de 2011

Conselho de Ética vota nesta quarta-feira arquivamento de processo contra Bolsonaro

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados vai votar em reunião na próxima quarta-feira o arquivamento do processo contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Ele foi acusado de abusar de suas prerrogativas como parlamentar por ter feito declarações preconceituosas contra negros e homossexuais. No dia 29 de junho, o conselho decidiu, por dez votos a sete, rejeitar a representação contra o deputado, seguindo o parecer de Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A maioria dos integrantes do colegiado entendeu que Bolsonaro tem o direito de expressar a sua opinião e portanto votou contra o relatório de Sérgio Brito (PSC-BA), que pedia a abertura do processo. Segundo Lorenzoni, "acima do Código de Ética da Câmara vem a Constituição, que garante aos parlamentares a inviolabilidade, civil e penal, por opiniões, palavras e votos". A representação contra Bolsonaro diz que ele foi racista ao responder uma pergunta feita pela cantora Preta Gil, durante o programa "CQC", da TV Band, em março passado. Ao ser questionado qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra, o parlamentar respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu". O deputado Bolsonaro, que é casado com uma negra, havia entendido errado a pergunta, achando que Preta Gil havia perguntado a ele o que faria se seu filho casasse com um gay. Outro fato citado na representação é a briga da senadora Marinor Brito (PSOL-PA) com Bolsonaro, na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Após a retirada do projeto que criminaliza a homofobia da pauta de votação, enquanto a relatora da proposta, Marta Suplicy (PT-SP), concedia entrevista à imprensa, Bolsonaro exibiu um panfleto contra a ampliação dos direitos dos homossexuais. Marinor se avançou nele, chegando a bater nele para retirar o cartaz. E ainda ofendeu Bolsonaro, chamando-o de "homofóbico". Bolsonaro reagiu e disse que ela era "heterofóbica". Em vez de Marinor Brito ter sido denunciada ao Conselho de Ética, ele foi denunciado. A esquerdalha funciona assim no País.

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