quarta-feira, 13 de julho de 2011

Conselho de Ética da Câmara arquiva processo contra deputado federal Jair Bolsonaro

O Conselho de Ética da Câmara arquivou nesta quarta-feira a representação contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Ele foi acusado pelo PSOL de fazer declarações preconceituosas contra negros e homossexuais. A decisão do conselho encerra o processo. No dia 29 de junho, por dez votos a sete, os deputados já tinham rejeitado a representação. O relator do processo, Sérgio Brito (PSC-BA), havia recomendado pelo prosseguimento da representação, mas venceu o voto em separado de Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A maioria dos integrantes do colegiado entendeu que Jair Bolsonaro tem o direito de expressar a sua opinião por ser parlamentar. Segundo o deputado democrata, "as prerrogativas constitucionais são as garantias para funcionamento do legislativo. A inviolabilidade do mandato assegura a democracia". A representação contra Bolsonaro diz que ele foi racista ao responder uma pergunta feita pela cantora Preta Gil, durante o programa "CQC", da TV Band, em março passado. Ao ser questionado qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra, o parlamentar respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu". Obviamente, Jair Bolsonaro foi confundido pela pergunta, achando que se tratava de "gay", em vez de "negro". E nem poderia ser diferente, porque o deputado federal é casado com uma mulher negra. Outro fato citado na representação foi a briga provocada contra ele pela senadora Marinor Brito (PSOL-PA), que o agrediu na Comissão de Direitos Humanos do Senado, em maio deste ano. Após a retirada do projeto que criminaliza a homofobia da pauta de votação, enquanto a relatora da proposta, Marta Suplicy (PT-SP), concedia entrevista à imprensa, Bolsonaro exibia um panfleto contra a ampliação dos direitos dos homossexuais, o que irritou Marinor, que esmurrou a sua mão para tentar tomar o cartazete. Marinor ainda ofendeu Bolsonaro, dizendo que ele era "homofóbico", tendo ele retrucado que ela é "heterofóbica". A senadora esquerdóide então achou-se ofendida.

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