sábado, 23 de julho de 2011

Companhia planeja construir muro anti-tsunami em usina nuclear

Usina nuclear de Hamaoka
A companhia Chobu Electric Power, responsável pela usina nuclear de Hamaoka (centro do Japão), anunciou na sexta-feira que planeja construir muro de 18 metros de altura para proteger a planta e prevenir danos em eventual grande tsunami. A central de Hamaoka está paralisada desde maio por ordem do primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, por motivos de segurança, após o acidente na planta de Fukushima Daiichi, gravemente danificada pelo tsunami de 11 de março. Chobu Electric detalhou nesta sexta-feira que deve investir cerca de 884 milhões de euros para construir o grande muro, que terá 1,6 quilômetros de comprimento, para evitar que a central seja atingida por uma massa de água como ocorreu no grande terremoto. A central de Hamaoka está em uma área sísmica que os analistas prevêem que, em algum momento, deva ocorrer um tremor com magnitude próxima a 8 graus na escala aberta de Richter. Por causa desse possível terremoto, Chobu planejava construir uma barreira de 12 metros de altura em frente à planta, embora, após o ocorrido na de Fukushima, tenha decidido aumentar para 18 metros a muralha. A central de Fukushima Daiichi foi atingida em 11 de março por um tsunami com ondas de até 15 metros causadas pelo forte terremoto de 9 graus na escala Richter que atingiu o nordeste do país. A catástrofe paralisou o sistema de refrigeração dos reatores de Fukushima e suscitou uma crise nuclear, a mais grave em 25 anos, ainda aberta. A planta de Hamaoka tem cinco reatores, dos quais dois estão fora de serviço, e os outros três permanecem paralisados por ordem de Naoto Kan desde meados de maio, à espera do fortalecimento das medidas de prevenção de terremotos e tsunamis. A central fica no litoral da cidade de Omaezaki, atrás de dunas de areia de 10 a 15 metros de altura e, por essa razão, seus responsáveis inicialmente não consideraram necessário construir uma barreira no mar. Japão tem atualmente paralisados 70% dos seus 54 reatores nucleares por questões de segurança e de manutenção, o que provocou uma situação de falta de energia.

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