segunda-feira, 4 de julho de 2011

Brasil envia militares a seis embaixadas consideradas de alto risco

Prestes a ser inaugurada, a nova Embaixada do Brasil no Iraque deve se tornar a sétima representação do País no Exterior protegida por militares da Marinha e do Exército. Hoje, o Brasil mantém embaixadas, consulados, representações e escritórios em 183 países no mundo. Seis embaixadas (Haiti, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Costa do Marfim e República do Congo) são consideradas de alto risco e não contam apenas com seguranças privados locais, como as demais. O aparato de segurança especial custa R$ 2,6 milhões por ano ao Itamaraty. São pelo menos 50 militares brasileiros fazendo serviço de proteção diplomática. No Haiti, a falta de segurança é resultado de o País ter sido devastado primeiro pela guerrilha e golpes de Estado e depois por furacões e pelo megaterremoto de 12 de janeiro de 2010. Além do contingente brasileiro na missão de paz da ONU, a embaixada tem uma segurança exclusiva, feita por militares altamente treinados pela Marinha. Especialistas em técnicas de tiro, escolta de autoridades e combate irregular protegem o embaixador, seus familiares e a embaixada, em ternos escuros, como se fossem seguranças comuns. As armas da Marinha, como pistolas e submetralhadoras, não ficam aparentes. Colômbia e Bolívia enfrentam problemas de segurança urbana, relacionados principalmente ao tráfico de drogas. Já a embaixada no Paraguai se parece com uma fortaleza e ocupa um quarteirão inteiro em Assunção. O país sofre com a ação do crime organizado internacional. As outras duas embaixadas sensíveis ficam no continente africano. A da Costa do Marfim fica em Abidjã. A cidade viveu 12 dias de conflito nos quais houve até bombardeios da ONU contra tropas do ex-presidente Gbagbo. Já no Congo a embaixada fortificada fica na capital, Brazzaville. As atividades principais dos fuzileiros nas representações são proteger os embaixadores, suas casas e os edifícios da embaixadas. Cada uma das seis embaixadas tem um grupo de ao menos oito fuzileiros. A embaixada no Iraque, que deve estar implantada até dezembro, é o cenário mais perigoso de todos, e exigirá a maior proteção. Os gastos com segurança na representação devem chegar a cerca de R$ 100 mil por mês. O contingente militar que protegerá a embaixada em Bagdá será do Exército e está sendo treinado pela Brigada de Operações Especiais de Goiânia.

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