segunda-feira, 27 de junho de 2011

Uruguaiana consegue passar toda a área de saneamento básico para o setor privado

O governo do Rio Grande do Sul e a Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento) tentaram tudo, mas ao final o prefeito de Uruguaiana, Sanchotene Felice (PSDB), derrotou todo mundo e impôs a privatização do sistema de saneamento (água e esgoto) da sua cidade, que tem cerca de 250 mil habitantes. A decisão final foi do Superior Tribunal de Justiça e ocorreu durante o feriadão. "Já entreguei tudo para a empresa Foz de Uruguaiana, do grupo Odebrecht, que investirá R$ 400 milhões aqui e em cinco anos elevará o tratamento de esgoto dos atuais 8% para 100%", disse o prefeito. A Corsan, que durante 30 anos dominou o mercado e levou a cobertura aos atuais irrisórios 8%, teve que entregar dutos, máquinas, equipamentos, documentação e empregados. O governo estadual e a Corsan tentam correr atrás da máquina, anunciando investimentos de peso, que no passado nunca cumpriu. Outros municípios gaúchos já seguem o exemplo de Uruguaiana. São Gabriel, nas mãos do PDT, é um deles. Os governos não conseguem dar conta do serviço. Anunciado com pompa, circunstância e muito discurso, o PAC do Saneamento elegeu 101 obras, todas em cidades com mais de 500 mil habitantes, mas apenas 4% delas foram entregues. Só o setor privado avança. Nos 200 municípios onde ele atua, a população atendida passou em cinco anos de 8,4 milhões para 17 milhões, com investimentos de R$ 2 bilhões.  Em Campo Grande, a empresa privada Águas do Guariroba, em cinco anos, elevou a cobertura de esgoto de 22% para 63%. Seus estudos mostram que cada real que investiu em saneamento, representou economia de 3 reais em tratamento de doenças associadas a falta desse serviço. O prefeito Sanchotene Felice conseguiu derrotar a vanguarda do atraso que queria manter os moradores de Uruguaiana atrelados a um serviço de saneamento que não tratava os esgotos.

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