quinta-feira, 16 de junho de 2011

Região da Grande Rio despeja um terço de esgoto sem tratamento

A região metropolitana do Rio de Janeiro despeja diretamente no meio ambiente 31,5% do esgoto residencial produzido na Grande Rio e 19,3% das residências sequer têm acesso à rede coletora de esgoto, segundo dados de 2010. As conclusões são do estudo "Desafios do Saneamento em Metrópoles da Copa 2014 - Estudo da Região Metropolitana do Rio de Janeiro", divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas. Segundo o coordenador do estudo, Fernando Garcia, o número de domicílios atendidos por rede de esgoto passou de 2,08 milhões, em 2000, para 3,17 milhões, em 2010, ou seja, um aumento de 53%. O ritmo de crescimento, de 4,3% por ano, é ligeiramente superior à média nacional, que foi de 4,2% por ano no período. Apesar desse avanço, ainda há 753 mil domicílios sem acesso à rede de esgoto, ou seja, 19,3% do total das residências da Grande Rio. Para Garcia, o quadro é ainda pior quando se avalia o tratamento do esgoto, mesmo daquele que é coletado pela rede. O esgoto de 1,2 milhão de moradias não é tratado, o que representa 31,5% do total produzido na Grande Rio. Em 11 dos 20 municípios da região, 100% do esgoto produzido são despejados diretamente no meio ambiente. A maior parte desse esgoto não coletado corre naturalmente para a baía de Guanabara. Segundo o estudo da FGV, seriam necessários R$ 250 milhões por ano, até 2014, para universalizar a coleta e o tratamento de esgoto na região metropolitana do Rio de Janeiro.

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