sexta-feira, 17 de junho de 2011

Poli-USP quer captar verba para pesquisa nos moldes de Harvard

O orçamento anual da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, considerada a melhor do mundo, beira os R$ 6 bilhões. Mas só 20% desse montante vem do governo americano. O resto do dinheiro é uma soma de anuidades, doações e rendimentos dos chamados "endowments", fundos de investimentos da instituição. Esse é o modelo importado pela Escola Politécnica da USP, que agora terá seu fundo de investimentos, em uma iniciativa pioneira nas universidades públicas brasileiras. Assim como em Harvard, o fundo será gerenciado por uma empresa, a Endowments do Brasil, responsável por aplicar o que virá do setor privado e de ex-alunos. "O dinheiro permanecerá intocável. Os dividendos da aplicação serão revertidos em recursos para pesquisa", explica José Roberto Cardoso, diretor da unidade da USP. A escola ganhará autonomia para financiar parte de seus trabalhos sem depender de agências de fomento e do Estado (85% dos R$ 2,89 bilhões liberados pelo governo à USP são consumidos pela folha de pagamento da universidade). A iniciativa, no caso da Poli, veio dos próprios alunos. Foi o Grêmio da Poli que criou o "endowment" e fez a primeira doação: R$ 100 mil. Agora, a expectativa é por recursos vindos de fora. "Esperamos que o fundo desenvolva uma cultura de doação que ainda não existe no País", diz Danielle Gazarini, presidente do grêmio.

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