domingo, 12 de junho de 2011

Passeata de apoio a bombeiros registra mais de 30 mil presentes em Copacabana

Passeata em Copacabana
O protesto dos bombeiros realizado na orla da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, neste domingo, atingiu mais de 30 mil participantes, de acordo com informações da tenente-coronel Claudia Lovain, comandante do 19º BPM (Copacabana). Ainda segundo a comandante da PM, 150 policiais trabalharam no policiamento, espalhados ao longo da orla, mas não houve registro de confusão no evento. Milhares de pessoas compareceram à manifestação para apoiar os bombeiros, que pedem melhores salários e anistia dos agentes que haviam sido presos. Os integrantes da corporação também aproveitaram o evento para agradecer o apoio da população. "A passeata superou todas as expectativas, é indescritível. Nunca vimos nada assim. A partir desta segunda-feira vamos começar a conversar, para decidir os próximos passos", disse o capitão Lauro Botto, do Corpo de Bombeiros. A marcha dos bombeiros durou cerca de 3 horas. Os manifestantes chegaram ao Posto 6 da Orla de Copacabana por volta das 14h30, onde cantaram o hino nacional. "Eles são nossos heróis, tínhamos que estar aqui", disse a dona de casa Hyna Carvalho, acompanhada do marido e da filha. Muitos moradores da orla de Copacabana atenderam aos pedidos dos bombeiros e penduraram bandeiras vermelhas em suas janelas. O sargento Erik, do Centro de Suprimentos e Manutenção dos bombeiros, encontrou na passeata o amigo sargento Marcio Ferreira, do mesmo batalhão. Márcio estava preso no quartel de Charitas, em Niterói. Na emoção do encontro, Erik mostrou um adereço: um falso braço amputado. Ele explicou: "Podem amputar a mão do bombeiro, mas seu coração continuará batendo", disse ele. O bombeiro argentino Mathias Montecchia chegou há uma semana no Rio de Janeiro para apoiar os bombeiros durante os últimos protestos. Exibindo seu contracheque, ele conta que ganha 7 mil pesos em seu país, o que equivale a cerca de R$ 2.700,00. "Eu vim apoiar, não é possível um herói ganhar o que eles ganham. Na Argentina eu ganho muito mais", disse. A manifestação começou a reunir público por volta das 9 horas, concentrado em frente ao hotel Copacabana Palace. A marcha teve início depois que representantes dos bombeiros libertados na última sexta-feira e seus familiares soltaram centenas de balões vermelhos na Praia de Copacabana, representando vidas salvas por meio do trabalho na corporação. Essa foi a primeira grande manifestação pública contra o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e seu governicho populista. Mas, por trás do motim dos bombeiros do Rio de Janeiro está o grupelho PSOL, que tem um programa comunista revolucionário.

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