terça-feira, 14 de junho de 2011

"Não podemos fazer WikiLeaks da história do Brasil", diz Sarney

Ao defender nesta terça-feira a decisão do governo de retirar a urgência para a votação do projeto que trata do sigilo eterno de documentos oficiais, o senador José Sarney (PMDB-AP) voltou a criticar a divulgação de informações passadas do País. Sarney disse que não se pode fazer um "WikiLeaks" da história do Brasil: "Eu acho que nós não podemos fazer WikiLeaks da história do Brasil, da construção das nossas fronteiras. Quanto a documentos atuais, esses aí eu não tenho nenhuma restrição. Acho que devem ser abertos, publicados. Eu quero é melhorar o projeto, eu não quero que o projeto não exista". O senador disse ser legítimo ao Congresso "melhorar" o projeto encaminhado pelo Executivo em 2009. O texto reduz para 25 anos o caráter sigiloso dos papéis ultrassecretos, com a possibilidade indefinida de prorrogação, mas emenda aprovada pela Câmara acaba com o sigilo eterno: "Se o Congresso não pode nem melhorar o projeto, aí não tem razão de ser. Esse projeto foi feito com muita pressa. Está se tratando dele de maneira muito geral, mas é um projeto longo, de mais de 20 páginas". Sarney disse concordar com a abertura dos documentos secretos da ditadura e os mais "recentes" da história, mas criticou a possibilidade de tornar públicos os "históricos", como os da época da construção das fronteiras brasileiras.

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