terça-feira, 7 de junho de 2011

França diz que 74 corpos de passageiros do Airbus A330 da Air France ficarão no mar

Setenta e quatro corpos do desastrado Airbus A330 da Air France, que caiu no oceano Atlântico em 2009 com 228 pessoas a bordo, ficarão definitivamente no fundo do mar, segundo as autoridades francesas. Em uma carta enviada aos familiares, o governo francês informa que, no total, 104 corpos "suscetíveis de serem identificados" foram retirados do oceano durante essa quinta fase de buscas. Logo após a catástrofe, em 2009, 50 corpos que estavam flutuando no mar haviam sido resgatados, sendo 20 deles de brasileiros. No total, portanto, 154 corpos dos 228 que estavam a bordo do avião puderam ser retirados do oceano. "Todos os corpos que podiam ser resgatados conforme os critérios definidos pela carta dos juízes em 10 de maio e verificados pelas equipes de legistas, o foram", diz a nota enviada às famílias das vítimas. Os juízes responsáveis pelo processo na França haviam informado aos familiares, em 10 de maio, que apenas os corpos que não estivessem muito degradados e que "pudessem ser entregues decentemente às famílias" poderiam ser resgatados. No entanto, a decisão foi criticada pelos familiares, principalmente no Brasil. O navio Ile de Sein deixou o local do acidente, a cerca de 1.100 quilômetros da costa brasileira, na sexta-feira, um dia antes do previsto. Agora, ele segue para Las Palmas, na Espanha, e deverá atracar no porto do Bayonne, no sudoeste da França, em meados de junho. Os corpos serão transferidos para um instituto médico legal para o início do processo de identificação, que será feita por peritos do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar francesa. O instituto, que já atuou em 38 grandes catástrofes, dispõe até o momento do DNA dos parentes das vítimas européias. A transferência à França do material genético dos parentes brasileiros será realizada pela Interpol.

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