domingo, 19 de junho de 2011

Força Sindical condena "criminalização de movimentos" após prisão de José Rainha

Em nota divulgada na sexta-feira, a Força Sindical condena a "criminalização dos movimentos sociais" com a prisão do chefete sem-terra José Rainha Jr, ocorrida na manhã da última quinta-feira. "A Força Sindical tem a convicção de que denúncias precisam ser apuradas rigorosamente e os culpados têm de receber punição exemplar. Porém, não concorda com a posição de setores atrasados e conservadores que, usando de forma oportunista a prisão do dirigente, passaram a criminalizar e a pedir a punição dos movimentos sociais em geral, especialmente dos trabalhadores do campo que lutam pela reforma agrária". O MST e seus congêneres são entidades clandestinas terroristas. A Força Sindical classifica o fato como "a nova e a velha direita em orquestração contra a democracia, contra as aspirações legítimas dos movimentos sociais e contra as justas e oportunas reivindicações dos trabalhadores do campo e da cidade". A Operação Desfalque da Polícia Federal prendeu também outras oito pessoas, incluindo uma servidora do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o irmão e advogado de Rainha, Roberto Rainha. Foram expedidos dez mandados de prisão. A investigação começou há cerca de 10 meses para apurar crimes de apropriação indébita e extorsão contra os assentados, além dos delitos de estelionato, peculato e formação de quadrilha. De acordo com a Polícia Federal, as denúncias apontam que o grupo utilizou associações civis, cooperativas e institutos para se apropriar ilegalmente de recursos públicos destinados a manutenção de assentados em áreas desapropriadas para reforma agrária. José Rainha tem passagens pela prisão por furto, formação de quadrilha, coautoria em dois homicídios e porte ilegal de arma, entre outros crimes. Ele foi expulso da organização terrorista clandestina MST em 2004, mas continuou participando de ocupações utilizando a bandeira do movimento.

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