sábado, 4 de junho de 2011

Falha deixa 10 mil exames de dengue sem confirmação em São Paulo

Uma falha técnica nos exames NS1, também conhecidos como teste rápido da dengue, está emperrando a análise de cerca de 10 mil amostras de sangue de pacientes com suspeita da doença em Ribeirão Preto (cidade localizada a 313 quilômetros de São Paulo). O atraso nos exames prejudica o direcionamento das ações de controle de vetores e provoca defasagem no total de casos confirmados. Segundo a Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto, dez kits entregues pela empresa Virion Diagnóstica no início de maio não apresentaram resultado satisfatório. A empresa foi acionada para identificar o defeito e encaminhou uma equipe técnica à cidade. "Já tínhamos usado em torno de 200 kits. O problema nos surpreendeu", afirma a diretora da Divisão de Vigilância em Saúde de Ribeirão, Maria Luiza Santa Maria. Enquanto o resultado do laudo não é emitido, as amostras de sangue dos pacientes seguem estocadas. De acordo com Maria Luiza, o diagnóstico da dengue não será prejudicado, pois os hemogramas e o NS1 cromatográfico, usado para a detecção de casos graves, continuam sendo feitos. Segundo Maria Luiza, Ribeirão é o único município paulista que paga para fazer o NS1 em todos os suspeitos. De acordo com um boletim epidemiológico recente, Ribeirão Preto teve 13.547 casos de dengue e seis mortes até 1º de junho. O problema técnico nos kits acentuou o acúmulo de amostras de sangue, que começou quando a Virion deixou de entregar os testes em abril.

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