quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ex-diretor queria Telebrás controlando telefonia, de olho nos sigilos quebrados

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) acertou até no que não viu, ao demitir Rogério Santana da presidência da estatal Telebrás, que, em processo de extinção, acabou reativada por setores do PT interessados nos cargos da empresa e, principalmente, em projetos de controle político da telefonia. A articulação para ressuscitar a Telebrás, pilotada por Santana, é a cortina de fumaça da operação. O projeto era reativar a Telebrás não apenas para oferecer internet de banda larga, mas principalmente para transformá-la em empresa de telefonia, com o objetivo de ter a exclusividade nas contas públicas de telefone. Abiscoitando as contas públicas, a direção da Telebrás, nomeada pela presidência da República, teria a chave da impunidade, porque saberia, por exemplo, de todas as ordens judiciais de quebra de sigilo telefônico contra autoridades que forem alvo de investigações sigilosas de suas malfeitorias. Como na Receita Federal, a direção da Telebrás, de confiança do petismo, poderia até quebrar ilegalmente sigilos telefônicos, e sem deixar rastro. Se a Telebrás controlar as contas públicas, políticos (sobretudo de oposição) e até magistrados poderiam ter os telefones monitorados. Além de Santana, participou da operação que pretendia controlar telefonia, por meio da Telebrás, o atual secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cesar Alvarez, ambos muito ligados à ex-ministra da Casa Civil, a  petista Erenice Guerra.

Nenhum comentário: