quinta-feira, 23 de junho de 2011

Estudo do Ipea mostra que desenvolvimento do Brasil é instável

Estudo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que o desenvolvimento no Brasil ainda é instável. Embora o IQD (Índice de Qualidade de Desenvolvimento) de março, divulgado na quarta-feira, tenha aumentado, chegando aos 259,43 pontos, o número continuou na área classificada como instável pelo instituto. Em fevereiro, o índice havia registrado 246,5 pontos. A pontuação deste mês está distante do patamar classificado como ótimo (400 a 500 pontos), apesar de ser maior do que a registrada entre março de 2007 e abril de 2008, antes de o Brasil ser atingido pela crise, diz o relatório. O IQD é composto de três subíndices: Qualidade do Crescimento, Qualidade do Bem-Estar e Qualidade de Inserção Externa. O subíndice Qualidade do Crescimento de março sofreu queda em relação a fevereiro. De 265,1 pontos para 245,34. A piora foi causada por um leve decréscimo do índice de confiança da indústria e uma forte redução do índice de folha de pagamentos. O índice permanece na área classificada como instável. O índice de Qualidade do Bem-Estar também caiu em março, registrando 342,59 pontos, ante 361,1 pontos em fevereiro. Ainda assim permanece na área classificada como boa. A diminuição se deve ao aumento do desemprego, do índice de Gini (que mede o grau de desigualdade na distribuição pessoal da renda) e da taxa de pobreza, que vinham apresentando queda nos períodos anteriores, segundo o Ipea. Já o Índice de Qualidade da Inserção Externa apresentou sinais de recuperação retornando à mesma taxa registrada em setembro de 2010: 209,45 pontos. Em fevereiro, o índice havia ficado em 148,6 pontos. A recuperação se deve à melhora no desempenho das exportações de bens manufaturados e nos termos de troca.

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