domingo, 5 de junho de 2011

Dissidente Guillermo Fariñas inicia nova greve de fome contra ditadura de Cuba

Fariñas, na última greve
O opositor cubano Guillermo Fariñas iniciou na sexta-feira uma nova greve de fome, a 24ª em 15 anos, para exigir que a ditadura do facínora genocida ditador Raúl Castro julgue os "responsáveis" pela morte, há 26 dias, do dissidente Juan Wilfredo Soto. "Iniciei a greve de fome às 12 h locais exigindo do governo que julgue os autores do assassinato de Juan Wilfredo e deixe de bater em opositores", explicou Guillermo Fariñas, de 49 anos, por telefone, em Santa Clara, cidade localizada 280 quilômetros de Havana. O jornalista, que ainda padece das sequelas da greve de fome de 135 dias que protagonizou em 2010 para exigir a libertação de presos políticos, assegurou que o protesto "ocorrerá até as últimas consequências" e que "apenas aceitará negociar com o governo em igualdade de condições". Juan Wilfredo Soto, de 46 anos, morreu no dia 8 de maio em um hospital de Santa Clara, três dias depois de ter sido brevemente detido e, segundo a oposição, como consequência de um "espancamento" da polícia em um parque central da cidade. As autoridades dizem que ele foi detido por "alteração da ordem" e afirmaram aos familiares de Soto, entre eles sua irmã Rosa Soto, que ele morreu por uma pancreatite crônica e que nunca foi agredido pela polícia. A dissidência disse, no entanto, que o espancamento pode ter sido o detonador da pancreatite e exigiu que médicos forenses (não empregados do governo) comprovassem o diagnóstico divulgado. Membros da dissidência dizem que Soto, único opositor da sua família, lhes contou pouco depois de sua breve detenção no dia 5 de maio que havia sido espancado pela polícia. Fariñas destacou que em Santa Clara "há cerca de 30 pessoas que são testemunhas do que ele contou sobre o que lhe fizeram e não foi aberta uma investigação e nem vieram nos perguntar nada". "Além disso, os familiares de Soto têm sido pressionados para que não contem a verdade", disse Fariñas, que diz ter visto o cadáver e que este tinha hematomas na região lombar.

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