sábado, 11 de junho de 2011

Dissidente cubano Guillermo Fariñas encerra greve de fome iniciada há uma semana

Guillermo Fariñas pôs fim nesta sexta-feira à greve de fome e sede que iniciou há uma semana pela morte do opositor Wilfredo Soto, após os pedidos de membros da dissidência interna e de ex-presos políticos. Em declarações por telefone, Fariñas explicou que seus companheiros dissidentes o convenceram a deixar o jejum porque, caso contrário, todos eles também iniciariam uma greve. "Eu posso ser responsável pela minha morte, mas não pela morte dos demais", disse Fariñas, que horas antes assegurara estar disposto a seguir com sua greve até as últimas consequências para pedir justiça pela morte de Soto. Segundo a dissidência, Soto morreu após ser espancado pela polícia da ditadura argentina. O psicólogo e jornalista independente de 49 anos disse que não pode "pôr em jogo o futuro da oposição interna", porque, se persistisse em seu jejum, "estaria contribuindo para sua destruição". Fariñas disse que já ingeriu vários copos de água e que em seguida tomaria um suco de frutas, após o fim de sua 24ª greve em mais de uma década. A anterior foi realizada entre 24 de fevereiro e 8 de julho de 2010 para exigir a liberdade dos presos políticos após a morte de Orlando Zapata devido a um longo jejum na prisão para exigir ser tratado como prisioneiro de consciência.

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