sábado, 4 de junho de 2011

Descoberta da Aids completa 30 anos

A Aids, uma doença ainda sem cura, foi descoberta há 30 anos e já provocou 30 milhões de mortes. Ela transformou o mundo, gerou um investimento financeiro exemplar, uma mobilização de larga escala e avanços médicos espetaculares. Há 30 anos, no dia 5 de junho de 1981, o Centro de Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, descobriu em cinco jovens homossexuais uma estranha pneumonia, que até então só afetava pessoas com o sistema imunológico muito debilitado. Um mês depois, foi diagnosticado um câncer de pele em 26 homossexuais americanos e se começou a falar de "câncer gay". No ano seguinte, a doença foi batizada com o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Em 1983, uma equipe francesa isolou o vírus transmitido pelo sangue, secreções vaginais, leite materno ou sêmen, que ataca o sistema imunológico e expõe o paciente a "infecções oportunistas", como a tuberculose ou a pneumonia. Nestes 30 anos de Aids e seus milhões de vítimas, também houve grandes êxitos contra o vírus. Em 1996, com o desenvolvimento dos antirretrovirais, a doença mortal passou a ser uma enfermidade crônica. O Fundo Mundial, criado em 2002, já distribuiu US$ 22 bilhões em subsídios e um "programa de urgência" foi organizado nos Estados Unidos. A Aids tem matado menos, no entanto ela não desaparece. Pelo contrário, o número de pessoas infectadas tem aumentado nos últimos anos, exigindo mais pesquisas, mais tratamentos e mais dinheiro. Por enquanto, apenas uma em cada três pessoas que necessitam de tratamento tem acesso às drogas. Ainda pior é que para cada duas pessoas que iniciam o tratamento, cinco outras pessoas são contaminadas.

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