segunda-feira, 27 de junho de 2011

Delegados da Polícia Civil gaúcha cobram coerência do PTB

Os delegados da Polícia Civil gaúcha apelaram neste domingo ao PTB para que o partido obedeça as diretrizes do próprio PTB e mande seus seis deputados estaduais votarem contra o Pacotarso, pacote de arrocho fiscal enviado à Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul para ser votado em regime de urgência, sem qualquer discussão com a sociedade gaúcha. No ofício que encaminhou ao presidente do PTB, o deputado estadual Luis Lara, o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil, Wilson Muller, lembrou que no Pograma e Estatuto do partido ficou estabelecido como seu princípio inalienável que "qualquer alteração na previdência deve ser submetida a referendo popular". O princípio está em pleno vigor. Diz a carta dos delegados assinada por Wilson Muller Rodrigues: "Os delegados de polícia do Rio Grande do Sul, vêm respeitosamente a Vossa Excelência, por sua entidade de classe, para ponderar que Partido Trabalhista Brasileiro estabelece como seu PRINCÍPIO INALIENÁVEL que “...Quaisquer alterações propostas na Reforma da Previdência Social e na CLT devem ser submetidas, obrigatoriamente, ao Referendo Popular...” (decisão adotada pelo último Congresso Nacional do PTB e incorporada ao seu Programa e Estatuto, pela Convenção Nacional, registrados no 1º Cartório de Títulos e Documentos de Brasília, no dia 7 de março de 2009). Por esta simples e justa razão é que apelamos ao ilustre Presidente, no sentido de que sua bancada na Assembléia Legislativa não permita a votação da reforma da previdência estadual, em apenas uma tarde, sem a mínima discussão envolvendo o conjunto do Parlamento, os servidores e o Governo. Nem se está falando aqui em referendo. Compreendemos que o PTB integra a base parlamentar de apoio ao Governo, todavia, até por esta razão, julgamos importante que Vossa Excelência e sua bancada convençam o ilustre governador Tarso Genro que uma reforma desta natureza, ainda que considerada necessária, não pode ser concretizada sem, ao menos, a realização de um sério e aprofundado cálculo atuarial e ampla discussão com todas as partes interessadas. Somos inteiramente a favor da ampla discussão sobre todos os aspectos envolvendo o Instituto de Previdência do Estado e absolutamente contra a votação deste projeto em regime de urgência, cujo mecanismo legislativo impede a mínima discussão séria e, do mesmo modo, a incorporação de emendas ou substitutivos que possam aperfeiçoá-lo. Atenciosamente. Wilson Müller Rodrigues, Presidente". É mais uma significativa oposição ao Pacotarso.

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