quinta-feira, 19 de maio de 2011

Supremo autoriza extradição de argentino que atuou em massacre

O Supremo Tribunal Federal autorizou nesta quinta-feira a extradição do ex-major argentino Norberto Raul Tozzo, acusado de participar do fuzilamento de 22 presos políticos, em 1976, nos arredores da cidade de Chaco, no norte da Argentina. Por oito votos a um, os ministros do Supremo autorizaram o envio de Tozzo ao seu país de origem, onde será julgado por sequestro qualificado. O tribunal entendeu que o homicídio já prescreveu, segundo a legislação brasileira. O Supremo afirmou, ainda, que a Justiça argentina terá de se comprometer que ele não poderá ser condenado a mais de 30 anos. "É um momento importante para minha geração. Esse massacre marcou muito a minha juventude, assim como a bomba no Rio Centro", disse o ministro Luiz Fux, que acompanhou a relatora do caso, Cármen Lúcia. O único ministro que votou contra a extradição foi Marco Aurélio Mello. Tozzo está preso no Brasil desde setembro de 2008, no Rio de Janeiro, e chegou a dividir a cela com o banqueiro Salvatore Cacciola. O episódio pelo qual ele será julgado, ocorrido durante a ditadura militar do país vizinho, ficou conhecido como "Massacre de Margarita Belén".

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