segunda-feira, 2 de maio de 2011

Interpol pede que países reforcem a segurança após morte de Bin Laden

A Interpol, agência internacional de polícia, advertiu nesta segunda-feira que a morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, pode levar a represálias pelo mundo e pediu que os países-membros elevem suas medidas de segurança. "O terrorista internacional mais procurado já não existe. Mas a morte de Bin Laden não representa o fim dos afiliados à Al Qaeda e daqueles inspirados pela Al Qaeda, que promoveram e continuarão a promover ataques terroristas em todo o mundo", advertiu em um comunicado o secretário-geral da organização, Ronald Noble. A Interpol é uma central de informações internacional que auxilia na cooperação de polícias de diferentes países e tem 188 países-membros. Segundo Noble, a organização está "em alerta total por atos de retaliação se a Al-Qaeda tentar provar que ainda existe". Vários países também anunciaram medidas para intensificar a segurança após a notícia da morte de Bin Laden. O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, que está no Cairo, no Egito, disse ter ordenado uma revisão dos sistemas de segurança das embaixadas do país em todo o mundo, por temor de represálias da Al Qaeda. "Pode haver partes da Al Qaeda que tentarão mostrar nas próximas semanas que ainda estão ativas, como de fato algumas estão", afirmou. O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, afirmou que a morte de Bin Laden é extremamente simbólica, mas advertiu que há outras pessoas prontas a assumir o lugar de Bin Laden. "A estrutura da Al Qaeda permanece no lugar e há um número dois e um número três. Já vimos isso no Afeganistão, quando uma rede é desmantelada e logo aparece uma reposição", disse. A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, disse ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que está "aliviada" com a morte de Bin Laden, mas advertiu que o terrorismo internacional ainda não foi derrotado.

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