terça-feira, 3 de maio de 2011

Ex-cunhada diz que Bin Laden preferia ser morto a ser capturado

Carmen Bin Laden, ex-cunhada de Osama bin Laden, disse nesta segunda-feira que o líder da rede terrorista Al Qaeda preferia ser morto a ser capturado e "enfrentar a Justiça em uma corte americana". A suíça Carmen disse acreditar que Bin Laden tem apoiadores poderosos que o protegeram e o financiaram durante seus anos na liderança da Al Qaeda. Carmen se separou do irmão mais velho de Bin Laden, Yeslam, há mais de 20 anos. Em 2004, ela publicou um livro intitulado "Dentro do Reinado", sobre os nove anos que passou na Arábia Saudita. Ela disse que a família de Bin Laden na Arábia Saudita recebeu a notícia de sua morte "com grande sentimento de tristeza". Bin Laden nasceu em Riad, na Arábia Saudita, no dia 10 de março de 1957. Filho de um magnata saudita da construção próximo da família real, utilizou sua fortuna para financiar a "jihad" (guerra santa) contra os soviéticos e depois contra os americanos. Ele, que estudou Religião e Ciências Econômicas e se graduou na Universidade Rei Abdul Aziz, é o 17º dos 52 filhos de Muammar Bin Laden, o camponês saudita de origem iemenita que se tornou magnata da construção. Em 1973, Bin Laden entrou em contato com grupos islamitas. Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para combater os invasores com o apoio da CIA, a agência de inteligência americana. Sua organização, Al Qaeda ('A Base'), foi fundada em 1988, ou seja, um ano antes da retirada soviética do Afeganistão. A ação mais espetacular que lhe foi atribuída antes do dia 11 de Setembro foi um ataque contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, que causou 224 mortos e milhares de feridos. Bin Laden também foi acusado de ter ordenado o ataque contra o navio americano USS Cole no Iêmen, que fez 17 mortos em outubro de 2000. Os Estados Unidos, que o acusam de ter planejado desde o Afeganistão os ataques suicidas de Nova York, Washington e Pensilvânia do dia 11 de Setembro, deram início a uma perseguição depois de, em 23 de setembro, as autoridades americanas ofereceram US$ 25 milhões por qualquer informação que permitisse capturá-lo. Em 11 de setembro de 2001, 19 terroristas da Al Qaeda perpetraram nos EUA o maior ataque terrorista da história, com cerca de 3.000 mortos. Cinco dias depois, Bin Laden negou seu envolvimento em comunicado da agência "Afghan Islamic Press". Em outubro de 2001, a televisão Al Jazeera mostrou imagens de Bin Laden junto com seu segundo em comando, o egípcio Ayman al-Zawahiri. Dias depois, Al Jazeera divulgou uma mensagem em que Bin Laden louvava o 11/9, embora sem reivindicar sua autoria.

Nenhum comentário: