terça-feira, 24 de maio de 2011

Equipes resgataram mais 29 corpos do Airbus A330 da Air France

As autoridades francesas informaram às famílias das vítimas do desastre do Airbus A330 da Air France, que caiu no Atlântico em 2009, que 29 corpos foram resgatados desde o reinício das operações, em 21 de maio. A informação foi repassada pelo diplomata francês Philippe Vinogradoff, representante especial do governo junto aos familiares das vítimas do acidente, que matou 228 pessoas. O navio francês Ile de Sein, que havia retornado ao Senegal para realizar a troca da tripulação e das equipes técnicas, voltou no último dia 21 à área onde foi localizada a fuselagem do avião, a cerca de 1.100 quilômetros da costa brasileira. O resgate dos corpos foi reiniciado no mesmo dia da chegada do navio. No início de maio, dois outros corpos já haviam sido retirados do fundo do mar. Como os resultados dos testes para tentar extrair o DNA dos ossos dessas duas vítimas foram positivos, o que irá permitir suas identificações, as autoridades francesas decidiram continuar o resgate dos corpos. As duas vítimas ainda não foram identificadas porque os legistas não dispõem do material genético dos parentes de todas as vítimas para realizar a comparação entre os corpos. O trabalho de identificação será efetuado pelos especialistas do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar francesa. A carta enviada aos familiares diz ainda que os peritos estão fazendo "todo o possível" para resgatar os corpos, com base na orientação da Justiça francesa de que os restos mortais muito degradados não poderão ser retirados do fundo do mar. Como todas as peças do avião necessárias às investigações já foram retiradas, a operação se concentrará agora exclusivamente no resgate dos corpos, diz o documento enviado às famílias. Na próxima sexta-feira, o BEA (Birô de Investigações e Análises), que apura as causas do acidente, vai informar, após análises iniciais dos dados das duas caixas-pretas do avião, as circunstâncias do vôo no momento da catástrofe. Na ocasião, o BEA vai apenas descrever a sequência de eventos que resultaram no acidente, e não as causas da catástrofe, já que o trabalho de análise dos dados das caixas-pretas (uma das quais contém 1.300 mil informações técnicas do vôo), assim como das peças resgatadas, levará meses. Um relatório preliminar sobre as causas do acidente será divulgado a partir do fim do mês de junho, segundo o governo.

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