segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cidade italiana de Nápoles acumula 4.100 toneladas de lixo nas ruas

Cerca de 4.100 toneladas de lixo estão espalhadas pelas ruas de Nápoles, em um fênomeno que se tornou cíclico na capital do sul da Itália, e que o governo do premiê Silvio Berlusconi não conseguiu resolver, apesar das medidas adotadas em 2009 e do envio do Exército. A maior cidade da região sul da Itália está novamente "asfixiada" por toneladas de lixo, cujo cheiro é agravado pelo calor, impregnando pessoas, casas e objetos. Desesperada diante do grave problema, a população já começa a incendiar centenas de montanhas de detritos. Apesar das medidas adotadas pelo governo, o fenômeno da crise do lixo, que há 16 anos afeta Nápoles, não foi solucionado. A questão dos dejetos que se acumulam periodicamente na região de Nápoles é fruto de uma situação gerada por uma perversa engrenagem que envolve disputas políticas, corrupção, a máfia napolitana, protestos contra novos aterros sanitários e, sobretudo, a gestão ineficaz da administração local. Uma missão de especialistas da União Européia enviada para avaliar a situação do lixo em Nápoles constatou, em novembro do ano passado, que a situação é tão grave "como há dois anos", quando mais de 3.000 toneladas de lixo quase soterraram a cidade. A Asia, empresa responsável pela coleta de lixo, indicou em um comunicado que o problema não é com a logística de recolhimento, e sim com a falta de depósitos adequados para a separação e tratamento dos detritos. Segundo especialistas, serão necessários pelo menos três anos para a construção destes depósitos em quantidade suficiente.

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