quarta-feira, 25 de maio de 2011

Camara aprova novo Código Florestal e governo Dilma tem derrota fragorosa

A chamada emenda global do Plenário, representando o texto do relator da proposta do Código Florestal, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi aprovada por uma maioria esmagadora na votação realizada na noite desta terça-feira na Câmara dos Deputados, em Brasília: 410 votos a 63 e uma abstenção. A seguir o Plenário passou para a votação de um destaque, uma emenda apresentada pelo PMDB, autorizando os Estados a regulamentar as ocupações em APPs (Áreas de Preservação Permanente). Por essa proposta do PMDB, a União define as regras gerais, e os Estados decidem aquilo que poderá ser cultivado. O PT se posicionou contra essa proposta. E o governo petista de Dilma Rousseff sofreu outra derrota avassaladora. A emenda ao texto do relator Aldo Rebelo foi aprovada por 273 votos, sendo que 182 parlamentares foram contra e houve 2 abstenções. O Palácio do Planalto é contra essa mudança e tentará retirar essa parte do texto na votação no Senado Federal. Caso não tenha sucesso, há a possibilidade de a presidente Dilma vetar a emenda. Durante a discussão de votação desta emenda do PMDB ocorreu uma das mais lamentáveis manifestações de um parlamentar no Plenário. O deputado federal Candido Vacarreza, líder do PT, disse com todas as letras que a presidente Dilma Rousseff tinham mandado ele dizer que considerava “uma vergonha” a emenda e sua eventual aprovação. Disse ele:“Esta Casa corre risco quando o governo é derrotado”. Ninguém entendeu nada. Quer dizer que o Congresso só ganha quando se subordina o Executivo? A fala de Vacarezza, um tipo truculento, foi o supremo acinte já ouvido no Plenário da Câmara. E por si só mereceria ser denunciado ao Conselho de Ética, por atentar contra a soberania do Parlamento. Ele disse com todas as letras:  “A presidente Dilma me pediu para dizer que essa proposta é uma vergonha!” Nunca antes na história “destepaiz”, nem na ditadura militar,  um presidente da República havia mandado dizer que o Congresso votava “uma vergonha”. Ora, o deputado Vacarezza tem que saber que vergonha, vergonha mesmo, é um deputado ficar multimilionário em quatro, e ganhar muitos milhões em ano ano, durante o qual ele foi coordenador da campanha presidencial.

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