sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bolsonaro é agredido e revida insultos no Senado

A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) trocaram insultos e quase se agrediram fisicamente nesta quinta-feira, no Senado, depois que a Comissão de Direitos Humanos da Casa suspendeu a votação do polêmico projeto que criminaliza a homofobia no País. O tumulto teve início ao final da sessão, quando Bolsonaro se postou atrás da senadora Marta Suplicy (PT-SP), relatora do projeto, que concedia entrevista a emissoras de rádio e TV. O deputado estava com folhetos do Ministério da Educação que promovem a homossexualidade em escolas. Irritada, Marinor reagiu tentando tirar o grupo do local. A senadora chegou a bater com as mãos em um dos panfletos em um dos documentos que estava com Bolsonaro. "Homofóbico, criminoso, está usando dinheiro público para fazer cartilha", gritou Marinor. Bolsonaro respondeu dizendo que ela era heterofóbica. A senadora do PSOL se ofendeu. O deputado reagiu ao afirmar que a senadora deveria provar suas acusações: "Olha a intolerância, denuncie então senadora". Além de Bolsonaro, diversos deputados contrários ao projeto que criminaliza a homofobia acompanharam a sessão da Comissão de Direitos Humanos, a maioria integrantes da bancada evangélica. A comissão adiou a votação do projeto depois que a petista Marta Suplicy pediu para retirá-lo de pauta na tentativa de dialogar com os parlamentares contrários ao texto. Os evangélicos são contra a proposta por considerar que pastores e líderes religiosos poderão ser punidos se condenarem a prática homossexual em suas pregações. Marta Suplicy disse que vai incluir em seu relatório artigo que protege os cultos nas igrejas da criminalização da homofobia, apesar de discordar da mudança. A concessão, porém, não agradou à bancada evangélica. Contrário ao projeto, o senador Magno Malta (PR-ES) disse que a criminalização da homofobia pode criar um "império homossexual" no Brasil ao condenar aqueles que são contrários à união gay.

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