domingo, 22 de maio de 2011

Além da fiança, Strauss-Kahn pagará até US$ 200 mil mensais por prisão domiciliar

Além de pagar US$ 1 milhão em fiança e dar US$ 5 milhões como depósito de garantia, que receberá de volta se não fugir, para aguardar o processo em liberdade, o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, o socialista francês Dominique Strauss-Kahn, terá que pagar também os custos da prisão domiciliar, estimados entre US$ 80 e 200 mil por mês. O julgamento deve demorar seis meses para começar. Inicialmente Strauss-Kahn ficaria em um apartamento de luxo alugado por sua mulher em Manhattan, mas foi rejeitado pelos moradores. Ele então foi levado temporariamente a um imóvel em Lower Manhattan, de propriedade da empresa de segurança privada Stroz Friedberg, designada pela Justiça para vigiá-lo. É a mesma empresa que prestou esse tipo de serviço no caso Bernard Madoff. Os custos com a prisão domiciliar se explicam porque Dominique Strauss-Kahn será monitorado 24 horas por dia. Câmeras de segurança serão instaladas nas janelas e portas, para garantir que ele não fuja. Além da tornozeleira eletrônica, seu apartamento será controlado por vigilantes armados com ordem para atirar. Ele poderá receber, no máximo, quatro visitas por vez, depois que elas passarem por rigorosa inspeção, e provavelmente não terá permissão para assistir televisão nem falar ao celular. Alguns tipos de computadores também estão vetados, e mesmo a comida da casa será controlada pela empresa. O ex-diretor do FMI está marcado para comparecer novamente diante da Justiça no próximo dia 6, quando deverá optar por se declarar culpado ou inocente das sete acusações que pesam contra ele, e que poderiam lhe render 74 anos de prisão.

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