quinta-feira, 19 de maio de 2011

Alckmin quer Serra à frente de instituto ligado ao PSDB

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lançou seu antecessor, José Serra, para a presidência do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB. Seria uma forma de acomodar Serra no comando do partido e encerrar a crise entre duas alas internas. A iniciativa foi mal recebida pelo grupo do presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), e do senador Aécio Neves (MG), que também resistem em abrir espaço para os serristas no segundo posto de comando, a secretaria-geral, ocupada pelo aecista Rodrigo de Castro (MG). Se o neocoronel Sérgio Guerra e Aécio Neves levarem adiante o veto a Serra, e a recusa em partilhar os cargos na Executiva, a convenção para a escolha do comando do PSDB pode descambar para uma briga judicial. O deputado federal Jutahy Júnior tem em mãos um parecer de um advogado que diz que, de acordo com o artigo 23 do estatuto do PSDB, Sérgio Guerra não poderia ser reconduzido para um novo mandato na presidência do partido. O parágrafo 5º do dispositivo limita a quatro anos consecutivos o mandato de um presidente. Sérgio Guerra, eleito pela primeira vez em 2007, teve a permanência prorrogada por duas vezes e, neste ano, completou os quatro anos. Se não houver acordo para que Serra comande o Instituto Teotônio Vilela e um aliado do ex-governador de São Paulo vá para a secretaria-geral, Jutahy pode impetrar um mandado de segurança na Justiça contra a recondução de Sérgio Guerra, o que tornaria explícita uma disputa hoje velada no PSDB.

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