sexta-feira, 8 de abril de 2011

TJ mineiro autoriza julgamento separado para primo do goleiro Bruno

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais autorizou nesta quinta-feira o julgamento em separado de Sergio Rosa Sales, o Camelo, primo do goleiro Bruno de Souza. O desembargador Doorgal Andrada, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, aprovou o desmembramento do processo sobre o sequestro e morte de Eliza Samudio, ex-amante de Bruno, desaparecida desde o ano passado. O pedido foi feito por Marco Antônio Siqueira, advogado do primo de Bruno. Com o desmembramento do processo, Sergio deverá ir a júri popular em datas diferentes do goleiro e de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. Marco acredita que irá conseguir provar a inocência do cliente. "Ele é apenas uma testemunha nesse caso", afirmou. Segundo o advogado, os defensores do atleta e de Macarrão "estariam atrasando o andamento do processo porque estão demorando" para apresentar os documentos relativos às defesas dos dois. Bruno, Macarrão e Sergio foram acusados formalmente pela juíza Marixa Fabiane Lopes, do Tribunal do Júri de Belo Horizonte, pelos crimes de sequestro, cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010, quando teria ido do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. Em 2009, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno. No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A ex-mulher do ex-goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza teria sido assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do jogador e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o atleta e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. No dia 30 de julho, a polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno responderá como mandante e executor do crime. Além dos oito que foram presos inicialmente, a investigação apontou a participação da atual amante do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada e presa.

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