terça-feira, 5 de abril de 2011

Só 18% de operários na construção tiveram formação profissional

Pesquisa feita pelo Centro de Políticas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro e o Instituto Votorantim mostra que somente 17,8% dos trabalhadores ocupados na construção civil freqüentaram curso de educação profissional. De 16 setores analisados na pesquisa, os com maior proporção de pessoas formadas em cursos de educação profissional são: automobilístico (45,71%), finanças (38,17%), petróleo e gás (37,34%). Já os com menor proporção são agronegócio (7%), outros (13,54%) e construção civil (17,8%). Os dados constam da pesquisa "Trabalho, Educação e Juventude na Construção Civil", apresentada nesta terça-feira, e traça um panorama dos desafios da construção civil, do perfil dos trabalhadores do setor e das alternativas para a inserção qualificada no mercado de trabalho. Ao se levar em conta os níveis de formação (qualificação profissional, curso técnico e graduação tecnológica), a construção civil aparece em 14º lugar no ranking relativo à qualificação profissional e também na 14ª posição no referente a cursos técnicos. E aparece em 13º lugar se considerado o nível de graduação tecnológica. Um dos principais temas de reflexão é que, apesar do aumento da escolaridade e dos salários no setor, há maior escassez de mão de obra na construção civil. Por não empregar mulheres e jovens, os segmentos mais escolarizados da população, a tendência é de acirramento do apagão de mão de obra qualificada, segundo o estudo. Dos 29 milhões de jovens ocupados, apenas 2 milhões trabalham no setor da construção civil.

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