segunda-feira, 11 de abril de 2011

Procurador pede que Aeronáutica ajude na investigação do desastre do Airbus A-330 da AirFrance

O Ministério Público Federal em Pernambuco recorreu ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para tentar obter a ajuda da Aeronáutica nas investigações do acidente com o vôo Rio-Paris que caiu em 2009, matando 228 pessoas. O procurador Anderson Vagner Gois dos Santos, responsável por um inquérito criminal sobre o caso, já havia pedido ajuda diretamente ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), mas, segundo ele, o órgão se negou a colaborar afirmando que o acidente ocorreu em águas internacionais e que a responsabilidade pela investigação cabe às autoridades francesas. Santos, então, solicitou ao procurador-geral que recorra ao Supremo Tribunal Federal para obrigar o Cenipa a ceder técnicos que possam ajudá-lo a interpretar as informações contidas nos documentos que lhe foram entregues pela Associação das Famílias e Vítimas do Vôo 447 da Air France. Na sexta-feira, o presidente da associação, Nelson Faria Marinho, participou de reuniões com o chefe do Cenipa, brigadeiro José Pompeu Brasil, e com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e disse que Jobim havia se comprometido a pedir ao órgão militar que traduza a documentação trazida da França. O Ministério Público Federal também já havia pedido que a Justiça francesa compartilhasse todas as provas e informações produzidas pelos especialistas europeus. A solicitação foi atendida e resultou em duas diligências conjuntas entre as autoridades francesas e a Procuradoria em Pernambuco, que continua acompanhando e auxiliando as investigações francesas. Em nota, Ministério Público Federal em Pernambuco informou que o inquérito que corre no Brasil só resultará na responsabilização criminal dos eventuais culpados se for provado que, além de falhas no avião, ficar evidenciada a responsabilidade de pessoas ligadas a Airbus (fabricante da aeronave) ou da empresa aérea Air France.

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