terça-feira, 12 de abril de 2011

ONG pede abertura de arquivos da ditadura argentina

A presidente da associação Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, pediu à Justiça argentina a abertura dos arquivos da Secretaria de Inteligência de Estado (Side), onde "podem existir dados" a respeito do desaparecimento de crianças durante a ditadura (1976-1983). Carlotto falou na segunda-feira pela segunda vez, a respeito de um processo judicial contra as autoridades na época, pela "apropriação" dos filhos de presos políticos desaparecidos. A líder da organização confirmou acreditar na existência de um "plano sistemático" para o roubo de bebês durante esse período. "Está comprovado que a grande maioria das crianças sequestradas foram entregues a membros das Forças Armadas, de Segurança ou civis que eram cúmplices", de um "plano sinistro" disse. Segundo ela, apenas um pequeno número de crianças "foi adotado por pessoas de boa-fé", ou seja, que não tinham conhecimento da procedência dos bebês, ou mesmo da forma como vieram a perder seus pais. A avó da Praça de Maio pede que "caia todo o peso da lei" sobre os responsáveis por essas atitudes, apesar de afirmar, diante de um tribunal em Buenos Aires, que não busca por "vingança". Para ela, essa é "a única maneira para que nunca mais existam golpes de Estado ou ditaduras".

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