quarta-feira, 20 de abril de 2011

Onça do ouro supera US$ 1.500,00 pela primeira vez

A cotação do ouro superou nesta quarta-feira pela primeira vez a marca dos US$ 1.500,00 a onça, impulsionado por diversos fatores como a desvalorização do dólar, a pressão inflacionária e as preocupações do mercado com a dívida soberana de vários países. O preço do ouro chegou a US$ 1.505,65 às 09h45 GMT no London Bullion Market, nível sem precedentes, e caiu um pouco nos minutos seguintes para US$ 1.503,60. A prata, por sua vez, alcançou o maior patamar em 31 anos, a US$ 44,79 a onça. Na terça-feira, o ouro alcançou US$ 1.499,32 em Londres. O valor de um lingote de um quilo equivale agora a US$ 48.200,00. "As preocupações sobre o dólar e as tendências inflacionárias são os dois grandes fatores que sustentam o ouro neste momento", resumiu Dan Smith, analista do banco Standard Chartered. A nova alta do ouro também foi favorecida pela clara desvalorização da moeda americana, que na semana passada registrou sua cotação mais baixa em relação ao ouro desde janeiro de 2010. Este enfraquecimento barateou a compra dos metais preciosos negociados em dólares. O ouro, cuja cotação já ganhou 6% desde o início do ano e vem batendo um recorde atrás do outro, está sendo inflado pelo nervosismo dos investidores, angustiados com as incertezas econômicas e a dívida pública dos países ocidentais, a começar pelos Estados Unidos. Na segunda-feira, o valor do metal amarelo subiu mais de US$ 15,00 em apenas alguns minutos, depois que a agência de classificação financeira Standard and Poor's anunciou uma perspectiva negativa para a nota da dívida americana.

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